MARCHA DAS MARGARIDAS, DEVIDO À PANDEMIA, NÃO ACONTECERÁ EM 2021 MAS A LUTA PERMANECE VIVA
No ano de 2021 em que a Marcha das Margaridas completaria 21 anos, não será possível a sua realização devido a pandemia provocada pela COVID-19, com a disseminação de uma nova cepa mais contagiosa.
No entanto, estaremos prestando nossa homenagem à luta das mulheres trabalhadoras rurais por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade que todos os anos trazem cerca de cem mil mulheres à Brasília de todos os estados brasileiros, colorindo nossa cidade e lembrando da importância da agricultura para levar o alimento do campo à cidade.
A Marcha das Margaridas tem este nome em homenagem a Margarida Maria Alves. Margarida Maria Alves foi uma sindicalista e defensora dos direitos humanos brasileira. Foi uma das primeiras mulheres a exercer um cargo de direção sindical no país. Seu nome e sua história de luta inspiraram a Marcha das Margaridas, que foi criada em 2000. Por sua atuação sindical, em que cobrava carteira assinada, 13º salário, fim do trabalho infantil, escola para os filhos dos camponeses, férias, jornada de trabalho, dentre outras reivindicações ela foi assassinada, a mando do latifúndio, no dia 12 de agosto de 1983, aos 50 anos, em Alagoa Grande (paraíba). Ela nasceu no dia 5 de agosto de 1933 na mesma região em que foi morta.
Todos os anos, desde 2000, quando a Marcha das Margaridas foi criada, diretores do SAE-DF e muitos servidores da Carreira Assistência à Educação participam desse grandioso evento que acontece na Esplanada dos Ministérios, levando as reivindicações do campo para toda a sociedade, lembrando que são os pequenos agricultores, muitas vezes em pequenas propriedades compostas só por mulheres, que realmente produzem a comida que consumimos, pois a imensa maioria dos latifundiários criam gado e plantam para exportação.
Por isso é importante ressaltar a importância da agricultura familiar e enaltecer essas grandes mulheres que dão à vida para defender suas reivindicações e de todos e todas que estão na mesma situação, sofrendo perseguições, com suas terras invadidas pela ganância do latifúndio, escravizados, roubados em seus direitos e até assassinados, quando ousam questionar e cobrar melhores condições de vida e de trabalho.
Viva a Marcha das Margaridas.
Viva Margarida Maria Alves.
Reforma Agrária já! Hoje e sempre!