Dia de Paralisação tem adesão de trabalhadores desde a madrugada

Trabalhadores pedem a revogação do PL 4.330, que libera a terceirização, e protestam contra o ajuste fiscal e as propostas conservadoras da reforma política aprovadas pela Câmara

São Paulo – O Dia Nacional de Paralisação promovido por centrais sindicais e entidades dos movimentos sociais começou com ações desde o início da manhã de hoje (29).Os protestos, paralisações e mobilizações pedem a derrubada do projeto de terceirização total, das MPs 664 e 665, da revisão dos cortes de investimentos por parte do governo federal, defende a manutenção da fórmula 85/95 para as aposentadorias e pela revisão das medidas antipopulares aprovadas pela chamada “reforma política” engendrada por setores conservadores do Congresso Nacional.

Os metalúrgicos do ABC já se concentravam, por volta das 7h, na porta da sede do sindicato da categoria, em São Bernardo do Campo, vindos de diferentes fábricas da região. De lá, partem para uma passeata em direção à Praça da Matriz, local histórico de manifestações trabalhistas desde o final da década de 1970. Em toda a região, trabalhadores de indústrias cruzam os braços hoje.

Os motoristas e cobradores de ônibus também no ABC fazem paralisações desde as 3h, com retorno previsto para as 8h. Em Guarulhos, na região metropolitana, todas as linhas municipais pararam no início desta manhã. A paralisação na cidade também inclui as linhas intermunicipais operadas pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).

Na capital de São Paulo, como previsto, manifestantes de diversas categorias cruzam os braços e se preparam para realizar manifestações na região central e na Avenida Paulista, ao longo do dia. Por volta das 7h, a Ponte das Bandeiras, que cruza a Marginal do Tietê, estava interditada por uma passeata.

Os trabalhadores do setor químico do ABC e da capital também começaram cedo suas manifestações. Desde as 5h houve “trancaço” na porta das empresas Lipson, em Diadema, Colgate, em São Bernardo, e na Oxiteno e na Solvay, em Santo André. Na capital, a paralisação, com protesto de rua, acontece diante da sede da indústria de cosméticos Avon, no bairro de Interlagos.

Alunos e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) também ocuparam o início do dia para protestar próximo à Cidade Universitária.

Em Paulínia, no interior, petroleiros da refinaria local (Replan) estão de braços cruzados. Os trabalhadores do polo petroquímico de Camaçari (BA) também estão parados.

Em Porto Alegre, ônibus não circulam nesta manhã.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se mobilizam, no Rio Grande do Sul, em pelo menos três cidades: Porto Alegre, Passo Fundo e Pelotas. Já no Paraná, cerca de 800 de integrantes do MST realizam o “trancamento” da rodovia que sai de Curitiba sentido Araucária.

Fonte: Rede Brasil Atual

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