AS PRIVATIZAÇÕES E O PROCESSO DE DESMONTE DO ESTADO BRASILEIRO
CUT-DF debate estratégias de enfrentamento da política entreguista do Governo Bolsonaro e do GDF
O Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal – SAE/DF, representado pelo nosso Secretário de Formação Sindical e Qualificação Profissional, Ediram Oliveira, participou neste sábado (16/10), de reunião organizada pela CUT-DF com sindicados da base da central no DF e Entorno. Realizado na Chácara do Professor, do SINPRO-DF, o encontro teve como pauta as lutas contra as privatizações e contra a PEC 32, políticas extremamente nocivas aos interesses da sociedade. Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, PETROBRAS, SERPRO, DATAPREV, BRB, DETRAN-DF e muito mais, fazem parte da ganância entreguista de Paulo Guedes rumo à construção do chamado estado mínimo, ideia esta que, de tão atrasada, foi abandonada pela maioria das nações há séculos. Na verdade, trata-se de Estado mínimo para o povo e máximo para o capital especulativo dos bilionários brasileiros.
Uma das preocupações explicitadas na reunião é o projeto de privatização dos Correios, cuja batalha agora está sendo travada no Senado Federal. Nesse sentido, relatam os sindicalistas que, embora o trabalho de enfrentamento realizado venha levando os senadores a refletir melhor sobre o grande retrocesso que pretende o governo impor ao Brasil, a luta precisa se intensificar. Acrescentam que, de tão retrógrada a proposta, até nos Estados Unidos esses serviços são públicos. A preocupação maior, conduto, refere-se ao serviço social de alta relevância que os Correios hoje prestam à sociedade e que, certamente, o setor privado não terá interesse em oferecer, limitando-se a explorar esses serviços onde houver maior possibilidade de altos lucros, como é o caso das regiões sul e sudeste, menosprezando outras regiões brasileiras.
No evento ficou clara a necessidade de fortalecimento da luta contra a investida entreguista do governo, que vêm entregando ao setor privado ativos pertencentes ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica Federal e, no caso do DF, ao BRB, com pretensão de, ao final desse processo, realizar a privatização também dessas importantes e estratégicas instituições financeiras, em prejuízo, não apenas dos trabalhadores e das trabalhadoras, mas também da sociedade em geral.
Soma-se a tudo isso a ameaça de privatização da PETROBRAS, anunciada recentemente por Bolsonaro. Não bastassem os aumentos em cada litro de combustível e em cada botijão de gás de cozinha que, como se sabe, significam bilhões e bilhões de reais a mais no bolso dos acionistas privados da empresa, dinheiro esse arrancado do suor do trabalho de cada trabalhador ou trabalhadora e do povo em geral. E é isso que passou a acontecer desde o golpe de 2016, até porque tudo isso faz parte dele.
O SAE-DF enfatizou a necessidade de intensificação da luta contra a PEC 32, inclusive, por meio de uma maior conscientização da sociedade de que a proposta não se volta apenas contra os servidores públicos, mas também contra os serviços públicos, com reflexos econômicos negativos para o setor produtivo comercial e industrial, no DF e no Brasil. Salientou ainda a importância da realização da 2ª Conferência Distrital Popular de Educação – 2ª CONAPE DISTRITAL, que será realizada no dia 26 de novembro próximo como parte da construção da 2ª CONAPE NACIONAL, em defesa do Plano Nacional de Educação – PNE e do Plano Distrital de Educação – PDE, lutas estas que também têm relação com a luta conta a PEC 32.
O SAE/DF parabeniza a CUT-DF por esse importante e marcante evento rumo ao fortalecimento da luta em defesa dos nossos direitos e contra as medidas mais que atrasadas do Governo Bolsonaro, que quer levar a gestão pública brasileira a métodos similares aos tempos do Brasil colonial, o que não é de interesse da classe trabalhadora e tampouco da sociedade em geral.
Luta que segue!