CONSTRUINDO A LUTA

Nossa assembleia mostrou fortalecimento da nossa mobilização e aprovou a realização de movimento de base rumo à construção da greve
Cresce a cada dia o sentimento de revolta da nossa categoria com o desrespeito do Governo Rodrigo Rollemberg (PSB) aos nossos direitos. Mas além da situação local, não é menor o sentimento de indignação com as reformas promovidas por Michel Temer (PMDB) para retirar nossos direitos, com destaque para os duros ataques aos direitos das mulheres.
Os calotes de Rollemberg
Considerando o dia 1º de setembro de 2014 – data da implantação da segunda fase de reestruturação da nossa carreira -, já estamos dentro do 3º ano sem nenhum reajuste das tabelas salariais da categoria.
De lá para cá, a corrosão inflacionária desvalorizou em mais de 1/5 (um quinto) o valor da nossa remuneração, uma vez que desde então os preços das mercadorias e serviços que consumimos não deixaram de subir, superando a casa dos 20% de defasagem salarial.
Essa é uma situação insuportável, que não podemos mais tolerar. A implantação da terceira fase da nossa carreira é lei, que deve ser cumprida. E não há como entender de maneira diferente: o não pagamento de direitos nossos previsto em lei é calote.
Soma-se a isso o não reajustamento do auxílio-alimentação e o descumprimento de metas e estratégias do Plano Distrital de Educação – PDE, que asseguram a valorização dos profissionais de educação, além de muitas outras pendências históricas, como é o caso do auxílio-saúde.
Pauta Nacional
Ganha força também, aqui e em todo o Brasil, a revolta geral com a excludente reforma da previdência social. A proposta quer eliminar da cobertura previdenciária milhões de trabalhadores urbanos e rurais, do setor público e privado.
Para quem está em vias de se aposentar são duras as regras de transição. A entrega da exploração das contribuições sociais dos trabalhadores à exploração do grande empresariado privado explica a pressa da maioria congressista defensora do grande empresariado em ver aprova a perversa reforma.
Ao mesmo tempo, o Governo Temer protege a classe rica, fazendo vistas grossas na reforma em relação à sonegação de tributos dos grandes empresários, que ultrapassa a casa de um trilhão e meio de reais, além de outras omissões nesse sentido, inclusive de contribuições previdenciárias patronais.
Além dessa reforma, que deforma a seguridade social brasileira, a reforma trabalhista e a terceirização sem limites também são ameaças que nos direciona para a inadiável luta.
Deliberação da assembleia
Nos encaminhamentos da referida assembleia, ficou decidido que a direção do SAE irá intensificar a mobilização na base com vista à construção do movimento grevista.
Ao final da assembleia, depois da aprovação unânime dos presentes, a categoria desceu em marcha rumo ao Ministério da Fazenda, para se juntar às delegações de militantes de todo o país num ato contra a reforma da previdência e contra os demais ataques do Governo Temer aos nossos direitos.
PREPAREMO-NOS!
UMA GRANDE LUTA SE ANUNCIA