Esclarecimento sobre a Atuação dos Monitores nas Escolas Públicas do DF

Em relação à matéria publicada pelo Sinpro-DF intitulada “GDF TRANSFORMA EJA INTERVENTIVA EM DEPÓSITO DE ESTUDANTES COM NECESSIDADE DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO“, o Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal (SAE-DF) vem a público esclarecer alguns pontos importantes sobre a atuação dos monitores nas escolas.

Primeiramente, é fundamental destacar que o papel dos monitores escolares não é de natureza pedagógica. Os monitores são responsáveis por oferecer suporte aos estudantes, auxiliando em atividades práticas e rotineiras, mas não possuem a atribuição de realizar intervenções pedagógicas ou educativas. O suporte oferecido pelos monitores é essencial para o bom funcionamento das atividades escolares, especialmente em turmas com estudantes que necessitam de atendimento educacional especializado.

Victor Hugo, membro da carreira PPGE e Presidente da Associação dos Monitores AMO-DF, reforça essa posição ao afirmar: “É fundamental esclarecer que o monitor está vinculado às atividades de locomoção, higienização e alimentação. A figura do monitor, a meu ver, não é a responsável pelo acompanhamento no desenvolvimento de assuntos pedagógicos como citado na matéria, como: recortes, copiar as matérias do quadro, auxiliar resolução de atividades etc. O papel em que o monitor exerce sua função dentro de sala de aula, quando necessário, é a de auxílio no controle comportamental do aluno, correção de postura e controle da sialorreia, não cabendo a essas quaisquer intervenções pedagógicas, pois essas são atribuições exclusivas da carreira magistério. Estamos inclusive com nossa ficha profissiográfica em atualização com vistas a esclarecer nossas funções que, com o passar dos anos, acabaram invadindo atribuições exclusivas dos professores.”

É importante ressaltar que a responsabilidade pela condução pedagógica e pelo desenvolvimento educacional dos estudantes é dos professores. Cabe aos docentes buscarem as especializações e habilitações necessárias para atender adequadamente às demandas pedagógicas das turmas, incluindo aquelas com estudantes com necessidades especiais. Os monitores, por sua vez, estão presentes para apoiar e facilitar o trabalho dos professores, ajudando a criar um ambiente mais inclusivo e organizado.

Entendemos a preocupação expressa na matéria sobre a necessidade de um atendimento adequado e especializado para os estudantes da EJA Interventiva. Concordamos que a inclusão de profissionais capacitados é fundamental para garantir a qualidade do ensino e do atendimento especializado. No entanto, é preciso diferenciar claramente as atribuições de cada profissional envolvido no processo educacional.

Reafirmamos a importância de um concurso público para a contratação de monitores escolares efetivos, garantindo que esses profissionais tenham condições adequadas de trabalho e remuneração justa. No entanto, é necessário também reconhecer que os professores têm um papel central e insubstituível na condução pedagógica das turmas e que a especialização pedagógica é uma responsabilidade inerente à função docente.

O SAE-DF está comprometido em continuar lutando por melhores condições de trabalho para todos os profissionais da educação e por uma educação pública de qualidade. Acreditamos que o diálogo e a colaboração entre todos os atores envolvidos são fundamentais para avançarmos na construção de um sistema educacional mais inclusivo e eficiente.

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