Autonomia e Independência

Ato em frente ao Ministério da Fazenda realizado na tarde desta quarta-feira (28) ressalta a autonomia e a independência da CUT e sindicatos filiados em relação a qualquer partido ou governo.

Em se tratando de disputas entre projetos de gestão pública distintos, lideranças de sindicatos patronais e outras organizações ligadas ao capital posicionam ao lado de projetos voltados para os interesses econômicos dos detentores do capital. Por outro lado, lideranças sindicais de trabalhadores, regra geral, posicionam ao lado de projetos de linha trabalhista.

No entanto, a Central Única dos Trabalhadores e os sindicatos filiados defendem os direitos dos trabalhadores independentemente do governo de plantão, seja ele de índole trabalhista ou não. O ato realizado em frente ao Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (28), como parte das atividades do Dia Nacional de Luta por Empregos e Direitos, foi mais uma demonstração da força desse princípio cutista, entre tantas outras ações levadas a efeito ao longo dos anos.

Durante o ato, lideranças sindicais, inclusive do SAE e do SINPRO, protestaram contra as Medidas Provisórias 664 e 665, que relativizam direitos trabalhistas e contra medidas tomadas pelo GDF neste início de ano igualmente de maneira unilateral. Militantes manifestaram-se a favor d e um ajuste fiscal, mas defenderam que esse ajuste fosse feito com a instituição do Imposto sobre Grandes Fortunes, revisão das desonerações, taxação de remessas de lucros ao exterior e redução dos juros que originam o déficit nominal, entre outras similares.

As grandes fortunas, por exemplo, sempre protegidas por forças políticas financiadas pelo excessivo poder econômico de uma minoria abastada, têm raízes históricas profundas que remontam aos tempos das capitanias hereditárias. O acúmulo das fontes de produção da renda, e por consequência, da renda, nas mãos dessa ínfima minoria – se feita a comparação com o gigantesco número de trabalhadores no país – é o principal fator gerador da corrupção, do desequilíbrio orçamentário, da miséria, da pobreza e da fome, similarmente ao que ocorre no mundo.

Temos plena consciência das dificuldades de uma reforma fiscal justa a ser aprovada no Congresso Nacional, ainda mais considerando que sua atual composição é ainda mais conservadora que a anterior. Pela mesma razão, uma reforma política e eleitoral capaz de gerar um parlamento que reflita de maneira equitativa os diversos segmentos sociais encontra enormes empecilhos numa instituição composta a partir de um processo eleitoral viciado e ditado pelo poder econômico, como ocorre em nosso país.

Contudo, em tempos de crise do sistema capitalista mundial, não aceitamos que ajustes fiscais sejam bancados pelos trabalhadores, sejam eles do setor público ou privado, inclusive, porque esse tipo de media pertence ao projeto derrotado nas urnas em 2014.

A luta continua!

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