NOTA À IMPRENSA: GREVE DA CARREIRA ASSISTÊNCIA À EDUCAÇÃO
POR ISONOMIA DE TRATAMENTO, RECONHECIMENTO E FIM DA DISCRIMINAÇÃO
A Carreira de Assistência à Educação, agora denominada Políticas Públicas e Gestão Educacional (PPGE), tem sua história marcada por contínuas lutas e desafios. Atualmente, ela é organizada em cargos como Gestores, Analistas e Técnicos, cada um com suas respectivas especialidades. A PPGE conta com 8.489 profissionais ativos que desempenham funções vitais, desde atividades administrativas nas secretarias e assistência a estudantes com deficiência até responsabilidades fundamentais em cada escola. Somando-se a esses profissionais ativos, temos ainda 13.146 aposentados e pensionistas, alcançando um total impressionante de 21.635 profissionais comprometidos.
Em junho de 2023, após a greve da carreira do Magistério, observamos avanços significativos nas gratificações deste segmento, com um aumento de 40% para 70%. Paralelamente, existia uma negociação em curso com o governo do DF para a carreira PPGE, respaldada por promessas do governador e da vice-governadora. Decidimos não aderir à greve, confiantes na promessa de tratamento igualitário e isonômico. Contudo, nos vimos surpreendidos quando a Secretaria de Planejamento e Gestão encaminhou à Câmara Legislativa Projeto de Lei (PL) contemplando apenas o Magistério.
A Secretaria de Administração, Orçamento e Gestão (SEPLAD), e em especial o Secretário Ney Ferraz, tem grande responsabilidade nesse cenário. Suas recentes declarações negando as promessas realizadas nos colocaram em uma situação de desvantagem.
Hoje, a carreira PPGE enfrenta a desvalorização salarial mais acentuada dentro da administração pública. A isonomia de tratamento com o Magistério não é apenas um direito, mas uma necessidade, reafirmando que a educação é unificada e todos nós somos educadores.
Deste modo, informamos que a greve iniciou no dia 19 de setembro 2023. Este movimento é um grito contra a discriminação, a ausência de isonomia e o descumprimento de compromissos pelo Governo.
ESTRUTURA DA CARREIRA PPGE:
A carreira de Políticas Públicas e Gestão Educacional (PPGE) dividido em três segmentos principais, cada um com suas especialidades. Abaixo, você encontra a relação detalhada de acordo com os cargos:
Analista em Políticas Públicas e Gestão Educacional: Apoio Administrativo, Monitor, Secretaria Escolar, Condução de Veículos, Educação em Saúde, Higiene Dental, Obras Civis, Telefonia, Agropecuária, Artes Gráficas e Desenho, Marcenaria, Mecânica e Operação de Máquinas Pesadas.
Técnico(a) em Políticas Públicas e Gestão Educacional: Conservação e Limpeza, Vigilância, Copa eGerais, Portaria, Obras Civis, Mecânica, Artes Gráficas e Agropecuária,
Gestor(a) em Políticas Públicas e Gestão Educacional: Psicologia, Nutrição, Direito e Legislação, Análise de Sistema, Ciências Contábeis, Fonoaudiologia, Administração, Análise, Economia, Comunicação Social, Medicina, Serviço Social, Arquivo, Biblioteca, Odontologia e Medicina Veterinária
CONSEQUÊNCIAS DA PARALISAÇÃO:
O cenário atual da educação em nossa região é marcado por uma série de preocupações críticas, amplificadas pela possibilidade de uma segunda paralisação significativa no setor educacional neste ano. A greve potencial dos profissionais da carreira PPGE amplia o impacto direto em vários níveis da estrutura educacional, destacando-se:
IMPACTO SOCIAL:
1. Assistência a Estudantes com Deficiência:
A paralisação comprometerá diretamente o suporte especializado dos monitores e psicólogos aos alunos com deficiência criando obstáculos significativos para o seu desenvolvimento pessoal e acadêmico.
Esses alunos poderão perder dias de aula por falta desse apoio educacional imprescindível impactando em toda a rotina familiar já que na sua maioria os pais não possuem outra alternativa para o filho que não seja a escola em sua plenitude.
2. Atividades Administrativas:
O corpo administrativo das escolas também é formado pelos Secretários Escolares, responsáveis pela escrituração e documentação dos estudantes, e de todo o corpo docente sofrerá com a falta da emissão de informações principalmente para os estudantes que estão prestando vestibular neste ano.
Já a falta desse profissional nas instâncias intermediárias e centrais, acarreta a paralisação dos trâmites que envolvem desde a substituição de professores afastados, monitoramento de cadastro, pagamento, entre outros.
3. Responsabilidades Fundamentais nas Escolas:
Funções vitais nas escolas poderiam ser comprometidas como na vigilância, limpeza e conservação e merenda escolar, criando um ambiente menos seguro e menos propício à aprendizagem.
4. Perda de Confiança na Educação Pública:
A repetição de paralisações pode resultar em uma perda de confiança no GDF com o trato na educação pública, levando a uma maior segregação e desigualdade social.
Diante deste cenário, apelamos para um diálogo aberto e colaborativo, visando soluções equitativas e sustentáveis que previnam consequências negativas duradouras na sociedade.
Portanto, solicitamos a cobertura jornalística desta estimada instituição, para evidenciar as ingerências e desmandos deste governo que falha em cumprir suas promessas e acordos estabelecidos, e para dar voz à nossa luta por uma educação mais justa e igualitária.
Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas do Distrito Federal (SAE-DF)
e-mail: imprensa@saedf.org.br