Comunicação como alavanca de transformação, media training e redes sociais encerram os debates do 4° Seminário de Comunicação da CNTE
Durante dois dias, participantes debateram formas de potencializar e melhorar a comunicação entre as entidades filiadas
Escrito por: CNTE
Utilizar a comunicação como mecanismo eficiente de transformação no diálogo para todos os tipos de público, ampliar os horizontes e ser um agente efetivo de mudança na sociedade e no sindicato. Foi com esse mote que o professor e pesquisador Flávio Coelho começou o segundo dia do 4° Seminário de Comunicação da CNTE.
Flávio abordou a importância de uma percepção plural, de fugir do viés estigmatizado e lembrar que a comunicação não é simplesmente o que é dito mas o que os outros entendem. A compreensão é diferente e é preciso entender a comunicação como processo e não como técnica. “Minha percepção é de que ficou um conjunto de interrogações relevantes para se pensar o papel do sindicato e das escolas, a corresponsabilidade que os profissionais de comunicação têm na perspectiva dessa mudança. Precisamos pensar nessa perspectiva, que cada um é responsável, não é o profissional de educação, o diretor do sindicato, a professora, o aluno, é todo mundo olhando para as mudanças que estão acontecendo”, afirma Flávio.
Gildo Yamashiro, diretor da Boa Nova Comunicação, abordou a preparação de porta-vozes e a importância da preparação de pessoas chave habilitadas para atender à imprensa e repassar a mensagem de forma clara e em consonância com os objetivos da entidade. Através de exemplos e dicas práticas, Gildo mostrou como os responsáveis pela comunicação de cada sindicato pode preparar os presidentes (as) e diretores (as) a estarem atentos ao conteúdo do que vão falar, se preparando com antecedência a uma entrevista, por exemplo, a alinhar o discurso de acordo com a característica de cada veículo, já que a TV, o rádio, a web, os jornais e revistas tem linguagem e abordagem próprias.
Gildo recomendou também que cada um conheça os jornalistas que cobrem a área, que os sindicalistas trabalhem com objetividade sem escapar do tema principal, falando além do necessário, a dar números precisos e claros e que, quando não tiver a informação requisitada, não ter receio de avisar que comunicará depois, mas não deixar a imprensa sem resposta. Dicas úteis para o dia a dia da comunicação sindical que muitas vezes são esquecidas.
Na última palestra desta edição, Amanda Dutra, jornalista e consultora em mídias sociais, abordou o uso das redes para potencializar a comunicação com a base e com a sociedade, estreitando o contato e a interatividade com o público alvo. Amanda usou exemplos práticos para o uso amplo das ferramentas que as redes sociais oferecem em resposta do público, repercussão, relacionamento com as diferentes vozes que compõe o twitter, facebook e outras redes, aos cuidados necessários com o conteúdo de cada um, a necessidade de adaptação permanente nos diferentes suportes que surgem no meio digital, como os smartphones, que impõe a necessidade de uma nova comunicação, além de dicas preciosas no trabalho diário com o público, a imprensa e o próprio meio sindical nas redes sociais.
Abrindo para o debate final, os participantes tiraram dúvidas sobre o uso correto de cada ferramenta e contaram experiências pessoais dos seus estados e regiões, como o uso político das mídias e qual a melhor maneira de lidar com isso, além de buscar a integração entre os sindicatos filiados, no caso de uma rede de comunicação mais ampla. O material de apoio, com dicas de ferramentas e referências gerais, estará em breve no site da CNTE para consulta.
Confira o depoimento de alguns participantes do 4° Seminário de Comunicação da CNTE.
Graciela Fell, assessora do SINTE, de Santa Catarina: “Acho que é de suma importância a abordagem das redes sociais, que é o veículo mais importante ultimamente e que está agregando muito para o nosso sindicato. Conseguimos mobilizar bastante nas redes sociais, então essas palestras foram muito importantes e interessantes para despertar as questões das redes sociais nos profissionais que lidam com essas redes porque nós notamos que melhorou muito a comunicação com a nossa base.”
Cassius Lages, representante do SINTE, do Piauí: “O seminário está sendo muito proveitoso em relação a como devemos usar as mídias sociais. E também na relação entre levar a nossa estrutura de comunicação em prol da melhoria das informações da direção do sindicato para a base e trazer a base para a direção do sindicato. A CNTE foi muito feliz nos palestrantes e na colocação dos temas. Vamos tentar buscar junto a CNTE para que o encontro possa ocorrer mais de uma vez ao ano com o objetivo de ajudar na organização da comunicação dos sindicatos num todo.”
Karina Villas Boas, coordenadora de comunicação da FETEMS, do Mato Grosso do Sul: “nós temos participado de vários fóruns de debate sobre a disputa de hegemonia da educação porque entendemos que precisamos usar a comunicação não apenas internamente, mas comunicar a sociedade dos nossos pontos de vistas. A CNTE tá de parabéns por organizar mais esse evento que com certeza vai fortalecer a rede de comunicação do movimento sindical no Brasil todo.”