Além da luta sindical

A direção do SAE/DF vem desenvolvendo há cerca de quatro anos, um trabalho social de apoio para tratamento de dependentes químicos, transtornos psicológicos e diversas áreas da saúde laboral. O acompanhamento é realizado desde a abordagem na escola, ou no sindicato e até mesmo nas residências do associado, e este trabalho realizado vai muito além da luta sindical do dia-a-dia, uma vez que esta luta diária é baseada para as melhorias salariais, problemas na execução dos serviços, enfim atendendo a demanda no geral.

No entanto este trabalho de atendimento direcionado para a saúde dos trabalhadores da Carreira de Assistência à Educação, que possui necessidades específicas laborais, sem contar com a discriminação que sofrem por parte das diretorias das instituições escolares, que acarretam em sérios problemas patológicos no sistema emocional como: Síndrome do Pânico; Dependência química; Depressão; Humor bipolar. E também aquelas doenças que são adquiridas e desenvolvidas no decorrer de sua vida laboral tais como: Alergias diversas; Depressão; Doenças da coluna vertebral; Hérnia de Disco, Escoliose, Lordose; Fibromialgia; Humor bipolar; Ler/Dort; Síndrome do Túnel do Carpo; Tendinite e outros.

O sindicato como representante de sua categoria, tem como objetivo atender as necessidades dos servidores, para isso, contamos com o setor jurídico da entidade, e os diretores que os encaminham para a Diretoria de Saúde Ocupacional – DSO.

O atendimento no DSO é feito através de ofícios encaminhados pelo SAE e também pela direção das escolas, mediante a autorização do servidor, quando encaminhada por meio do sindicato, para que então sejam tomadas as devidas providências. Este trabalho requer dos diretores do sindicato certa sensibilidade no trato com as diversas situações encontradas, pois no atendimento o diretor vai averiguar o verdadeiro problema ou dificuldade que a pessoa está sofrendo. Por exemplo, uma associada procurou o departamento jurídico, para entrar com ação contra a direção da escola, por que ela alegava perseguição, discriminação e outros, durante o atendimento o advogado solicitou a presença da diretora Edite Afonso, que logo percebeu que além de se tratar realmente de um processo administrativo, também se tratava de uma situação de saúde grave, ela não conseguia sequer relatar o problema na escola, e a diretora a orientou a respeito do procedimento e encaminhamento ao DSO.

Edite, chegou até mesmo hospedar familiares de associados em sua própria residência, pois os familiares eram de outro estado, da servidora em questão, e verificou-se que o processo dela estava crítico, pois ela tinha abandonado completamente o serviço, e após diversas tentativas do DSO, da Regional de Ensino de Ceilândia, sem obter êxito, o sindicato entrou em ação na busca de solucionar o problema. E no dia que ela se apresentou na unidade do DSO na Asa Norte, e se encontrava extremamente agressiva chegando ao ponto de atacar as pessoas no local jogando cadeiras. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado juntamente com os diretores do sindicato. Imediatamente, Edite direcionou se ao DSO, para apoiar e prestar assistência à servidora, e entender o problema. Na mesma semana o sindicato entrou em contato com a família, que mora em São Luís – Maranhão para acompanhar a associada. Sua irmã veio rapidamente, e o sindicato prestou todo suporte à família. Ao levar a irmã para a casa da associada, ela surtou e ficou muito agressiva, partindo para cima da irmã e até mesmo agredindo a diretora Edite, que ligaram para o serviço de resgate de Águas Lindas, e a levaram-na para o Hospital São Vicente de Paulo – HSVP, em Taguatinga, e de imediato foi hospitalizada e internada. Edite acompanhou todo o processo com dedicação e atendimento exclusivo, hospedando a irmã em sua residência que passou um mês com todo apoio, levando-a de carro no HSVP, e também indo frequentemente na casa da servidora em Águas Lindas/Goiás.

Outro caso é de um associado que morava na Morada da Serra – Goiás, e é alcoolista. Sua esposa no desespero ligou para Edite, pedindo ajuda, pois seu marido estava caído com a face em cima de uma poça de lama, praticamente afogado na rua, onde ela não suportando o peso pediu para que Edite fosse ajuda – lá, mas infelizmente estava em Ceilândia, e também era tarde da noite e ficaria difícil chegar a tempo, mas a orientou de como retira – lo da lama. No sábado pela manhã, Edite, foi buscá-lo na Morada da Serra e levá-lo para internação perto de Unaí. O sindicato e Edite ajudaram a pagar alguns remédios, várias consultas com o psiquiatra em clinicas particulares e na compra de objetos de uso pessoal. Portanto se o sindicato com os diretores ativos e o DSO/PADQ (Programa de Apoio ao Dependente Químico), não tivessem intervindo nos casos e tomado as devidas providências, com certeza este servidor chegaria a óbito. São exemplos reais antes esquecidos, mas agora tratados de maneira especial.

E para prestar um atendimento de qualidade aos associados, o sindicato solicitou ao DSO,orientação para aqualificação dos diretores da entidade. O DSO entendeu que a demanda crescia a cada dia, e promoveu também palestras no auditório da CUT com médicos, assistentes sociais, psicólogos, com o intuito de orientar e informar o diretor de como agir nas adversas situações encontradas com a saúde do trabalhador.

Quando necessário o sindicato acompanha os servidores com problemas nas perícias, com total aval dos médicos. E para o SAE, não existe dia e nem hora, até na véspera de natal os diretores prestam atendimento ao associado, não medindo esforços para ajudar o servidor. Percorrendo todo o Distrito Federal e Goiás, indo a Cristalina, Unaí, Luziânia, Aparecida de Goiânia, Cocalzinho e outras cidades do entorno. O trabalho é intenso, pois o SAE não mede esforços para atender o associado, que precisa de diversas ajuda. Nos últimos dias, o trabalho teve grande concentração no recadastramento, para aqueles servidores que se encontravam internados e com dificuldades de locomoção.

Nesse sentido, orientamos a categoria para que ao sentir que está com algum problema, seja ele de ordem física ou emocional, procure o SAE-DF para analisarmos a situação e fazer o devido encaminhamento. Se o problema não é com você, mas com um colega de trabalho, ajude-o e informe ao mesmo como deve se posicionar.

 

Edite Afonso,

Secretaria de Saúde, Convênio e Habitação

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