Empresas que usam mão-de-obra escrava vão falir, prevê ONG em seminário
Por Rodrigo Rozendo
São Paulo – Lançado em 2005, o Pacto Nacional de combate ao trabalho escravo tem como objetivo principal buscar soluções para a exploração de mão-de-obra em frentes degradantes de trabalho por meio do envolvimento do empresariado à questão.
Segundo o promotor do evento e coordenador da Organização Não Governamental Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto, o principal conceito do pacto é levar empresas a suspenderem contratos com fornecedores listados no cadastro de empregadores flagrados em trabalho escravo, a ‘Lista Suja’ do Ministério do Trabalho e Emprego.
Sakamoto foi ouvido pelo blog nesta quarta durante o terceiro seminário do Pacto Nacional de combate ao trabalho escravo que acontece em são Paulo.
“A ‘Lista Suja’ é um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo no país e referência no mundo empresarial. Hoje percebemos o movimento de empresas em direção a esta orientação; e por si só estão tomando a iniciativa de consultar a lista, fato que não conseguíamos imaginar cinco anos atrás, quando o pacto foi criado”.
Ao longo dos cinco anos de desenvolvimento do pacto, os representantes das empresas signatárias têm sido conscientizados de que combater o trabalho escravo é mais do que uma questão social, mas também uma linha de gestão de negócios.
“As empresas que contribuem para a manutenção da exploração de mão-de-obra, que mantêm empregados em situação análoga à de escravo, que forçam seus trabalhadores ao exercício de trabalho degradante, estas empresas perderão cada vez mais espaço no mercado e estão fadadas à falência”, diz Sakamoto.
Pacto
O terceiro seminário do Pacto Nacional de combate ao trabalho escravo reúne representantes de empresas signatárias do documento e instituições nacionais e internacionais ligadas ao tema. Saiba mais sobre o pacto acessandowww.pactonacional.com.br