PNAD 2009: jornais repercutem efeitos da crise e avanço da formalidade
Resenha da Imprensa
Os grandes jornais e a mídia em geral repercutiram nesta quinta os dados divulgados ontem pelo IBGE a respeito da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD 2009), uma espécie de retrato das famílias brasileiras feito anualmente pelo instituto.
Em relação ao trabalho, algumas manchetes foram estas: “34,4 milhões com carteira assinada”, no Correio Braziliense; “Recorde no trabalho com carteira” n´O Globo; “Número de empregos formais aumenta”, disse o Estadão.
A PNAD ensejou duas leituras diferentes, uma sobre o desemprego causado pela crise e outra, sobre o progresso da formalização do mercado de trabalho.
O levantamento feito em setembro passado, quando os pesquisadores saem a campo, revelou as consequências da crise sobre o emprego. Segundo o Estadãonoticiou, a crise econômica global produziu 1,3 milhão de desempregados no Brasil. Os desocupados passaram de 7,1 milhão para 8,4 milhões.
Mas apesar dos efeitos da crise (e note-se que, no Brasil, eles foram pequenos comparando-se com países europeus e os Estados Unidos), o mercado de trabalho no país seguiu firme rumo a uma maior formalização.
Segundo o Correio Braziliense, o número de empregados com carteira assinada passou de 33,7 milhões para 34,4 milhões em 2009 de acordo com as planilhas saídas do forno do IBGE.
Na esteira desse recorde de formalizações estão os trabalhadores domésticos que, aos poucos, vão quebrando o paradigma da informalidade nas residências. Segundo o Estadão, um dos mercados mais aquecidos, o das empregadas domésticas, além de crescer, viu o aumento da remuneração e formalização.
N´O Globo, reportagem aborda a relação entre formalidade e aumento de renda. O jornal cita o Índice de Gini que mede a distribuição de renda e que que melhorou no que diz respeito ao mercado de trabalho. À reportagem, a economista Sonia Rocha afirmou que a renda do trabalho responde por 75% dos rendimentos das famílias. “Sem dúvida o aumento do salário mínimo foi um dos componentes. Além disso, a cultura da formalização está aumentando”, disse ela ao Globo.