Texto de Joaquim Moura do Nascimento para reflexão
Em momentos de “GUERRAS”(greves) a justiça e a verdade são as primeiras vítimas, pois sem elas é mais fácil implantar o reino das alienações, violência e da covardia. Sempre e, principalmente nesses momentos, em que mentiras , ataques e alienações reinam, é mais do que preciso que ainda haja alguém que se disponha a dizer e a lutar por estas verdades e pela justiça. Se deixarmos a maldade do opressor, aliado à preguiça, covardia, indiferença, egoísmo e alienação de parte dos oprimidos, vencer, perdemos com isso também a lógica de nossa existência.
É como se desfazer tudo o que a história nos ensinou, e se se começar a ensinar de agora em diante para os alunos que:
– A escravidão era prática correta;
– A mentira deve sempre substituir a verdade;
– Roubar deve ser a regra;
– O governo não deve cumprir leis, com pena de prisão, bombas, tiros, gás lacrimogêneo e cassetetadas para quem exigir o cumprimento delas;
– O governo está certo, quem tem que cumprir lei é apenas o povo;
– O governo tem mais direito que o cidadão, por isso isso não tem obrigação de pagar o que deve.Apenas o cidadão e a cidadã tem a obrigação de pagar suas dívidas, sem reclamar;
– A violência deve ser praticada sempre, principalmente contra professores;
– Salário e renda não são necessários, apenas o trabalho deve ser obrigatório;
– O ser humano não precisa de direitos, apenas deve zelar pelas obrigações, e estas obrigações devem ser multiplicadas progressivamente;
– Os governos estão corretos quando cortam salários, liberdade e direitos, porque as pessoas não precisam disso para viver;
– Temos que dizer sempre “amem” e não devemos contestar os governantes, principalmente aqueles que nos manipulam, nos roubam direitos e nos chicoteiam;
– Quanto mais terrorista e ditador, melhor é o governante;
– Fazer greve é coisa de arruaceiro e de gente baixa e eu sou é chic, bem! Eu não ” me misturo com essa gentalha” que luta por direitos, pois direito e obrigação é uma coisa só e já os exerço trabalhando e não preciso receber nada por isso. Podem cortar as gratificações e o resto do salário, que já sou feliz assim só em desfilar de casa para a escola nessa minha árdua e urgente luta para destruir cidadanias, dignidades, históricos e futuros de gerações , etc…kkk
Será mesmo que algum fura-greve se dispõe a dar, na prática, esta” bela” aula para seus alunos? Pois, teoricamente, é esta a aula que os alunos e a sociedade
já está recebendo, nesse momento, de vocês professores e servidores da educação que furam greves.
Nunca devemos ter medo de ficar do lado da verdade e da justiça, doa quem doer. Dói mais é ter que aturar os triunfos da mentira e das barbáries.
Uma grande filósofa já deixou muito claro esta realidade cruel:
“Só existem as opressões porque existem oprimidos que se aliam ao opressor”, reforçando o chicote contra si como se masoquistas fossem.
Eu não me alio, jamais, a opressores e quero continuar desconhecendo este cruel e ilúcido prazer oriundo do masoquismo…kkk
Vivam vocês que ainda ousam falar a verdade em prol dos direitos e da justiça!
Os contrários são quem deveriam temer…..
Abraço a tod@s o(a) s colegas professore(a)s e colegas
servidore(a)s da carrreira assistência e, principalmente, aos colegas e às colegas da Escola Bilíngue de Taguatinga, que estão em greve e que ainda não dedistiram de suas missões nem de seus direitos e tampouco de sua dignudade e da justica…
Esta greve, além de ser uma luta contra roubos de direitos; seu maior ganho será o pedagógico, porque depois dela, os algozes da educação pensarão muito, antes de nos “presentearem” com novos ataques, que virão, com certeza, mas já sabendo que encontrarão dificuldades para implantá-los…
Texto de Joaquim Moura do Nascimento, funcionário da carreira assistência à educação, no momento atuando em funções na secretaria da Escola Bilíngue Libras e Português Escrito de Taguatinga/DF.